Histórico

A concepção do Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense (GBM) nasceu da iniciativa de docentes dos Departamentos de Biologia Geral (GBG) e Biologia Molecular e Celular (GCM) do Instituto de Biologia, do extinto Centro de Estudos Gerais da Universidade Federal Fluminense. A resolução para a criação do GBM data de 18/12/1997, mas a autorização para a remoção dos docentes só foi dada quase um ano depois, em 20/10/1998, através da Portaria 26124. Na época, docentes desses dois departamentos que desenvolviam pesquisas em ciências marinhas já haviam criado o Programa de Pós­ Graduação em Biologia Marinha (PPGBM) e, desse modo, a história do GBM e do PPGBM estão entrelaçadas.

O PPGBM teve um início extremamente modesto, cuja ideia de criação surgiu em 1991 visando estimular as pesquisas de biologia marinha desenvolvidas por um pequeno grupo de professores que estavam alocados no Departamento de Biologia Geral. Naquela ocasião, esses professores ocupavam parcas instalações que se resumiam a dois gabinetes e dois laboratórios de pesquisa. O programa foi aprovado através da Resolução 19/90, em 25 de junho de 1992, tendo iniciado com um curso latu sensu de Biologia Marinha, em março de 1993, e assim funcionou durante três anos. Nesse ínterim, o Instituto de Biologia, na época localizado no Campus do Valonguinho, cedeu para o PPGBM o segundo andar do prédio anexo do Instituto, possibilitando, assim, a primeira expansão das suas instalações e futuras contratações de novos docentes.

No período inicial os laboratórios existentes eram pouco aparelhados e os primeiros projetos desenvolvidos contaram com a colaboração de outros laboratórios da própria universidade e de outras instituições de pesquisa conveniadas. Com grande empenho do seu núcleo docente os laboratórios foram aos poucos sendo equipados através da obtenção de recursos junto às agências de fomento à pesquisa, com especial destaque à FAPERJ e ao CNPq. Com a melhoria da infra­estrutura laboratorial e administrativa foram criadas as condições para a criação do curso strictu sensu de mestrado, que teve início no ano de 1995. Para a criação do mestrado, o programa contou com a participação de professores dos Departamentos de Biologia Geral, Geoquímica e Geologia Marinha da Universidade Federal Fluminense­ LAGEMAR, professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) e pesquisadores do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM). O estabelecimento de um convênio com esta última instituição permitiu a ampliação de várias atividades de campo, proporcionada pela infra­estrutura de embarcações e logística oferecidas pelo Instituto. Em 2003, iniciou-se o Curso de Doutorado em Biologia Marinha pelo Programa, com as primeiras teses sendo defendidas em 2007.

Em 2002, um antigo projeto de criação de um Curso de Graduação em Ciências Biológicas do Instituto de Biologia foi reativado e implantado, contando com a participação entusiasmada dos integrantes do GBM, tanto na sua concepção filosófica como no suporte docente para as disciplinas do Núcleo Básico e do Bacharelado em Biologia Marinha do novo curso. Ainda nesse ano, pensando em atender a demanda dos estudantes de biologia do país, os professores do GBM organizaram e produziram, contando com a participação de profissionais de outras instituições, o primeiro livro­ texto sobre Biologia Marinha publicado no Brasil por autores nacionais, que teve uma segunda edição lançada em 2009, sendo descontinuada somente em 2020.

Em março de 2020, bem no início da pandemia da COVID19 no Brasil, o GBM iniciou sua mudança para as novas instalações do Instituto de Biologia, localizado no Campus do Gragoatá, um sonho que vinha sendo acalentado desde sua criação. Na nova sede do GBM os docentes do departamento dispõem de estrutura laboratorial individual ou compartilhada, além de espaços multiusuários: laboratório de aquários para bioensaios, setor de apoio náutico e setor de apoio para atividades de campo.

O corpo docente do GBM é composto atualmente por 18 docentes contratados em regime de dedicação exclusiva, todos com a titulação de doutorado. Seus docentes atuam em todos os segmentos do ensino universitário e tem participado do desenvolvimento científico e tecnológico em Ciências do Mar, com seus professores tendo publicado um sem-número de artigos científicos em revistas especializadas internacionais e nacionais, livros e capítulos de livros, desenvolvido patentes, participado de consultorias e assessorias às agências de fomento e revisões ad hoc em periódicos  científicos nacionais e internacionais.

Skip to content